A busca pelo “futuro” sempre foi um dos estímulos fundamentais para a transformação social na América Latina. Desde o início do século XIX, inúmeros projetos intelectuais inspirados no anseio em atingir a “modernidade” constituíram a trajetória da região. Diante das dificuldades, quantas vezes não optamos por mudar o rumo? Seja por falta de resultados ou de paciência, a descontinuidade coloca-se como um traço marcante na América Latina. Predispostos à mudança, cobiçamos o “novo” com um otimismo que contrasta com nossa desconfiança em relação aos projetos do passado. Não raramente, fomentamos uma espécie de “destruição criativa” às avessas. Ao invés de esperarmos que a competição entre distintos arcabouços institucionais determine as regras mais adequadas para lidar com os problemas do momento, escolhemos vencedores e perdedores de antemão. Consequentemente, deixamos de testar os limites de muitas ideias engenhosas concebidas na América Latina. Em um momento de críticas generalizadas ao Mercado Comum do Sul (Mercosul), abundam os defensores de uma nova ordem. Por exemplo, é crescente o interesse na Aliança do Pacífico, tida como um arranjo mais “moderno” – e, portanto, alinhado com os desafios atuais. Porém, sabemos quais são as características desse projeto? De que maneira o estabelecimento de um novo modelo...
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