O Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a União Europeia (UE) finalizaram, em 27 de abril, em Bruxelas (Bélgica), uma nova rodada de negociações com vistas a concluir o tratado de livre de comércio entre os dois blocos. As delegações obtiveram poucos progressos nos temas sensíveis para ambos – como as exportações de carros europeus para o Mercosul e uma grande parte do capítulo agropecuário. Segundo fontes do Mercosul, as tratativas foram encerradas de forma antecipada, uma vez que representantes da Argentina e do Uruguai abandonaram a mesa de negociação por considerarem que Brasil e UE não concordavam em decisões concretas para o setor automotivo. O Brasil – maior produtor de veículos do Mercosul – estaria defendendo uma proposta com conteúdo mínimo local e um período dentro do qual as tarifas de importação seriam reduzidas a zero. Para Antonio Megale, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA), todo tratado de livre comércio deve conter uma regra de contéudo local e, no caso do Mercosul, essa taxa deveria girar em torno de 60% das peças que compõem os veículos. Megale defende que as negociações do setor automotivo com a UE devem ser feitas de forma paralela às discussões...
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