Impulsionado por um crescimento substantivo de sua produtividade desde a década de 1970, o agronegócio representa um elemento fundamental para o comércio exterior do Brasil. Em 2017, as exportações do agronegócio brasileiro atingiram US$ 96 bilhões – marca que contribuiu para um superávit na balança do setor de quase US$ 82 bilhões. São números superlativos, que resumem uma trajetória de expansão alavancada pela abertura de novas fronteiras agrícolas e pelo êxito dos investimentos em pesquisa aplicada à realidade dos solos do país. Não por acaso, discussões sobre as características do “modelo brasileiro” são constantes entre formuladores de política e pesquisadores ao redor do globo. No entanto, seria impossível explicar a trajetória do agronegócio brasileiro sem considerar os muitos incentivos fornecidos pelo exterior. Nos anos 1970, a China ocupava uma posição tímida no tabuleiro das relações internacionais. Nos Estados Unidos, as críticas sucessivas à burocratização herdada das instituições do New Deal motivaram um contínuo debate sobre a conveniência de reformas regulatórias. Nos planos regional e multilateral, o emaranhado de regimes era bastante inferior – basta lembrar que instituições como a Organização Mundial do Comércio (OMC) ou a União Europeia (UE) ainda não existiam à época. Noções como a de “desenvolvimento sustentável”...
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